Unicamp é a terceira universidade mais sustentável do Brasil, segundo UI GreenMetric

Unicamp é a terceira universidade mais sustentável do Brasil, segundo UI GreenMetric

A Unicamp ocupa o terceiro lugar entre as universidades mais sustentáveis do Brasil. A avaliação é do ranking UI GreenMetric World University Ranking, realizado anualmente pela Universidade da Indonésia e no qual a Universidade estava na quarta posição em 2019. Na edição de 2020, foram avaliadas 912 universidades no mundo e 38 no Brasil. A USP e a Universidade Federal de Lavras (UFLA) permanecem nas duas primeiras posições no país.

O GreenMetric avalia indicadores de sustentabilidade em seis categorias: paisagem e infraestrutura; energia e mudança climática; resíduos; água;  transporte e ensino e pesquisa. No ano passado, a Unicamp esteve em 4º na posição nacional e em 80º na posição internacional. Nesta edição, passou à 3ª posição no Brasil e à 100ª no mundo. Os melhores índices, na Universidade, são os referentes a resíduos e água. Entre os pontos avaliados nesse âmbito estão a reciclagem e tratamento de resíduos, o reaproveitamento de água e o uso dispositivos economizadores. 

Para a representante da Unicamp junto ao UI GreenMetric, a arquiteta e urbanista da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI), Thalita Dalbelo, o ranking mostra novamente que as iniciativas da Universidade em torno da sustentabilidade são reconhecidas. O GreenMetric, nesse sentido, é importante para ajudar a Universidade a se conhecer melhor. “Sabendo como estamos hoje, conseguimos fazer essa análise e pensar em como podemos melhorar. Mas melhorar não no ranqueamento, que é apenas um resultado. Nós precisamos melhorar para ser uma universidade mais sustentável”, avalia.

A melhoria em uma posição em relação às universidades brasileiras, para a arquiteta, é um dado positivo, mas que precisa ser visto com ponderação já que a pandemia fez com que índices como consumo de energia e circulação de veículos diminuíssem provisoriamente nos campi. “É um fator temporário e não podemos considerar que vai ser mantido futuramente. Por isso precisamos criar outras formas de melhorias para os outros anos”.

Já a queda de posição em relação às universidades internacionais deve considerar o aumento do dólar. O impacto dessa variação se expressa no indicador que dá pontuação pelos investimentos em torno de projetos relacionados à sustentabilidade. Embora tenha incremento destes investimentos na Unicamp, eles são avaliados em dólares, trazendo uma perda significativa na conversão.

Desafios

Entre os principais desafios, Thalita elenca primeiramente a questão da cobertura vegetal dos campi. Construção de espaços de jardins, edifícios com tetos e paredes verdes são exemplos que ela avalia que podem ser incorporados às novas construções ou às construções já existentes que permitem essas alterações. 

“Os pontos que mais precisamos focar ao longo do próximo ano para melhorar é a proporção das áreas dos campi cobertas por vegetação nativa. Precisamos melhorar nossa cobertura vegetal, também com arborização urbana, jardins e áreas com algum tipo de plantação que podem ser consideradas áreas verdes”, observa, dizendo que esse é um desafio principalmente para os campi de Limeira e Piracicaba.

Além disso, ela pontua que a iniciativa de produção da energia fotovoltaica na Unicamp é de grande importância e pode ser ainda ampliada para que haja ainda mais redução do consumo de energia elétrica convencional. 

Em relação à circulação de veículos, os ônibus circulares internos, que fomentam o uso do transporte coletivo, são um ponto importante e que foram considerados no GreenMetric. A aquisição do ônibus elétrico, veículo sem emissão de poluentes que começou a circular neste ano, também melhorou a pontuação da Unicamp. O incentivo do uso de bicicletas e patinetes, com empréstimo desses equipamentos e boas condições para sua circulação, diz a arquiteta, pode ser um desafio para melhorar ainda mais uma política de diminuição de emissão de poluentes nos campi. 

Já sobre os desafios em torno do ranking, Thalita menciona que um deles já foi superado, ao incluir os dados sobre os campi de Limeira e Piracicaba, o que não havia sido possível na avaliação do ano passado. A coleta de informações das unidades acadêmicas, que são convidadas a informar dados para compor os indicadores, ainda pode melhorar. Segundo a arquiteta, esse é um ponto importante para que não haja prejuízos na sistematização de, por exemplo, número de cursos, disciplinas e eventos que ocorrem na temática da sustentabilidade.

Reportagem reproduzida do Site da Unicamp. Confira o texto completo clicando aqui