10.10.2023 Adesão de pesquisadores fortalece áreas temáticas do CPTEn
Novos integrantes aguardam a formalização dos seus processos de ingresso como pesquisadores associados ou principais
Com pouco mais de um ano de criação, o Centro Paulista de Estudos da Transição Energética (CPTEn) tem atraído continuamente interessados em seus oito eixos temáticos. Mais de 15 novos pesquisadores estão, atualmente, em processo de integração administrativa, destacou Luiz Carlos Pereira da Silva, diretor do Centro, durante o seminário de balanço realizado na última sexta-feira (6), na sala de Congregação da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) da Unicamp. No evento, ele também apresentou os resultados parciais e o progresso das estratégias para alcançar as metas estabelecidas inicialmente.
“Nesse período, tivemos muitos resultados acadêmicos, publicações e defesas”, comemorou Silva. “Além disso, conta ainda o parecer favorável obtido do nosso Comitê Construtivo Internacional e as parcerias que estão avançando com os aportes financeiros esperados”, complementou o diretor sobre o relatório anual do CPTEn. Os investimentos empenhados por empresas parceiras, incluindo a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), asseguram os repasses de contrapartida da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O aprofundamento da colaboração com o governo estadual permitiu que os pesquisadores do CPTEn desempenhassem um papel mais ativo no planejamento energético do Estado. Isso incluiu a cooperação com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) na criação do Plano de Ação Climática (PAC) e do Plano Estadual de Energia 2050 (PEE). Além disso, a nomeação de Silva como membro do Conselho Estadual de Política Energética ilustra a influência e a importância crescente desses membros no cenário energético estadual.
Uma proposta em debate visa estabelecer um escritório na Unicamp ligado ao CPTEn, para reunir demandas energéticas públicas e oferecer soluções administrativas. “Pensamos no convênio entre a Unicamp e a Semil de tal forma que possamos construir uma equipe especializada para o desenvolvimento de projetos, principalmente, voltados a pequenos e médios municípios, nas áreas de eficiência energética, iluminação pública, contratação de energia no mercado livre, energias renováveis”, declarou o diretor.
Prefeitura de Campinas
Silva explicou que, após uma série de encontros com os secretários municipais, é o momento de apresentar a ideia do escritório de projetos especiais à Prefeitura Municipal de Campinas. Ele ressaltou que, muitas vezes, as prefeituras perdem chances de financiamento devido à falta de recursos humanos para elaborar propostas, tornando essa iniciativa crucial para aproveitar tais oportunidades. “A gestão municipal de Campinas estará certamente mais preparada para aproveitar, por exemplo, oportunidades de emendas parlamentares, chamadas públicas de distribuidoras, investimentos do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica e até editais internacionais”, prospectou o diretor, caso seja firmado o acordo.
Neste momento, bolsistas de iniciação científica estão conduzindo estudos sobre a aplicação de geração fotovoltaica em hospitais públicos e realizando diagnósticos energéticos em sistemas de iluminação pública. “É uma oportunidade também para formar profissionais necessários para a transição energética em projetos concretos, reais. Isso é o que já fazemos dentro do Laboratório Vivo de Transição, Eficiência e Sustentabilidade Campus Sustentável Unicamp e queremos replicar nos municípios e na administração pública estadual”, finalizou Silva, enfatizando a concentração dos trabalhos dessa estratégia na graduação.
Inácio de Paula | texto e fotografias | jornalista bolsista do CPTEn e do Campus Sustentável Unicamp
Texto reproduzido do Centro Paulista de Estudos da Transição Energética