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Na Unicamp, gestão de energia se destaca no planejamento territorial sustentável - Campus Sustentável
 

Na Unicamp, gestão de energia se destaca no planejamento territorial sustentável

Na Unicamp, gestão de energia se destaca no planejamento territorial sustentável

Unicamp é a terceira universidade mais sustentável do Brasil, diz UI GreenMetric World University Ranking 2020

“Desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as gerações seguintes. A sustentabilidade é representada pela relação dos três sistemas: econômico, social e ambiental”, Tomaz Vieira, professor da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Campinas (FEM/Unicamp), é categórico ao falar da importância das práticas sustentáveis.    

Energia limpa e acessível, água potável e saneamento, educação de qualidade, cidades e comunidades sustentáveis, estes são apenas quatro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) apontados na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Eles têm moldado o funcionamento das Instituições de Ensino Superior (IES) na busca do equilíbrio entre a economia, a sociedade e a biosfera.

O planejamento territorial da Unicamp, por exemplo, inclui o Sistema de Gestão de Energia (SGE). Ele está ligado ao Plano Diretor Integrado (PDI) e engloba diversos subprojetos. Ao encontro do sétimo ODS, a Unicamp conta com oito usinas de minigeração de energia, oportunizando à comunidade energia limpa e acessível. Em 2020, elas geraram quase 768 mil quilowatt-hora (kWh), resultando em uma economia de aproximadamente  225 mil reais.

Segundo Vieira, o SGE foi impulsionado em decorrência da Chamada de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em 2016. Naquela convocação, a ANEEL juntamente com a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) estimulavam a implementação e as iniciativas relacionadas à eficiência energética e a geração de eletricidade nas IES. 

A proposta submetida pela Unicamp partiu da Câmara Técnica de Gestão de Energia (CTGE), responsável pela existência do convênio ANEEL, CPFL e Unicamp. Tomaz Vieira lembra que ela foi elaborada e conduzida principalmente pelos esforços dos professores Luiz Carlos Pereira da Silva, da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação (FEEC), e Luiz Brittes, da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA).  

“O título da proposta dirigida pelos professores foi ‘Desenvolvimento de um modelo de Campus Sustentável na Unicamp – Laboratório Vivo de aplicações de minigeração renovável, mobilidade elétrica, eficiência energética, monitoramento e gestão do consumo de energia’”, recorda. Em seguida, com o surgimento da ideia do PDI, o Campus Sustentável – Unicamp foi incluído nesse planejamento do espaço acadêmico  como  projeto prioritário com base no Planejamento Estratégico (Planes/Unicamp).

Campus Sustentável e Unicampus Vital 

Além da geração solar fotovoltaica, o Laboratório Vivo de Sustentabilidade Energética – Unicamp se articula a partir de subprojetos. Eles tratam de eletromobilidade, etiquetagem de edifícios, contratação de energia no Mercado Livre, capacitação de recursos humanos, gestão baseada em Internet das Coisas, assim como no monitoramento inteligente de dados de consumo e operação de redes elétricas. 

Somadas a outras iniciativas, o Sistema de Gestão de Energia oportunizou à Unicamp a terceira posição entre as universidades mais sustentáveis do Brasil, segundo o UI GreenMetric World University Ranking, em 2020. Apesar de mais evidente agora, há anos cientistas e estudantes-pesquisadores da Unicamp realizam projetos e pesquisas voltados para a sustentabilidade.

Exemplo é o projeto Unicampus Vital que, apesar de não ter sido propriamente executado, serviu para se pensar o Sistema de Gestão de Energia, o Plano Diretor Integrado (PD-Integrado) e as demais práticas sustentáveis aplicadas nos campi universitários. 

O que tem fortalecido a construção da atual estrutura é o seu modelo integrador. No planejamento territorial, além da gestão de energia, o PDI envolve a utilização dos recursos hídricos, o cuidado com a fauna e flora, o tratamento de resíduos, a educação ambiental e o desenvolvimento tecnológico da Internet das Coisas. 

Mais informações: acesse a primeira edição do Boletim Educação energética e consumo consciente.

Inácio de Paula |SCDC Campus Sustentável – texto escrito
Giovana Sanches | SCDC Campus Sustentável – texto imagético